A Páscoa é o momento
mais alto no calendário religioso da Igreja católica. A Semana Santa assinala a
morte e a ressurreição de Jesus Cristo, o filho de Deus. A celebração começa
com um período de preparação, a Quaresma, que tem início na quarta-feira de
Cinzas, a seguir ao Carnaval. São 46 dias em que os fiéis aproveitam para
lembrar as provações e reflexões de Cristo durante a sua travessia de 40 dias
no deserto. É a altura de penitência, jejum e oração.
A culminar a Quaresma, a Semana Santa começa com
o Domingo de Ramos e termina, sete dias depois, com o Domingo de Páscoa, dia da
ressurreição. O Domingo de Ramos recorda a entrada de Jesus em Jerusalém e
simboliza o amor e dedicação dos cristãos ao filho de Deus.
Quinta-feira Santa
simboliza a última ceia e a prisão de Jesus. A paixão de Cristo é representada
na sexta-feira Santa. Em muitas localidades católicas, os fiéis reúnem-se à
tarde para assistir a procissões em que é figurada a morte de Jesus na cruz. No
sábado à noite, há a vigília pascal. E no domingo, é comemorada a ressurreição
do filho de Deus, também com uma missa.
A par com o ritual litúrgico da Igreja, a
celebração pascal varia consoante as localidades e os países, sobretudo naquilo
que ela tem de pagã. Em Portugal, por exemplo, na região de Trás-os Montes, há
o costume de benzer as casas no domingo de Páscoa, acontecimento conhecido como
"Compasso".
Os símbolos da Páscoa
O
coelho
A
figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data
comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz
rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a
fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de
vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo,
por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.
Mas
o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no
significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de
uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também
estão neste contexto da fertilidade e da vida.
A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.
O Cordeiro
O cordeiro é o símbolo
mais antigo da Páscoa, é o símbolo da aliança feita entre deus e o povo judeu
na páscoa da antiga lei. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os
pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do
grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito.
Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.
Moisés, escolhido por Deus para libertar o povo
judeu da escravidão dos faraós, comemorou a passagem para a liberdade, imolando
um cordeiro.
Para os cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus,
Cordeiro de Deus, que foi sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo
sangue nos redimiu: "morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando,
restituiu-nos a vida". É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho,
agora não só com um povo, mas com todos os povos.
O Círio Pascal
É uma grande vela que
se acende na igreja, no sábado de aleluia. Significa que "Cristo é a luz
dos povos".
Nesta vela, estão gravadas as letras do alfabeto grego"alfa" e "ômega", que quer dizer: Deus é princípio e fim. Os algarismos do ano também são gravados no Círio Pascal.
O Círio Pascal simboliza o Cristo que ressurgiu
das trevas para iluminar o nosso caminho.
O Girassol
O girassol é uma flor
de cor amarela, formada por muitas pétalas, de tamanho geralmente grande. Tem
esse nome porque está sempre voltado para o sol.
O girassol, como símbolo da páscoa, representa a busca da luz que é Cristo
Jesus e, assim como ele segue o astro rei, os cristãos buscam em Cristo o
caminho, a verdade e a vida.
O Pão e o Vinho
O pão e o vinho,
sobretudo na antiguidade, foram a comida e bebida mais comum para muitos povos.
Cristo ao instituir a Eucaristia se serviu dos alimentos mais comuns para
simbolizar sua presença constante entre e nas pessoas de boa vontade. Assim, o
pão e o vinho simbolizam essa aliança eterna do Criador com a sua criatura e
sua presença no meio de nós.
Jesus já sabia que
seria perseguido, preso e pregado numa cruz. Então, combinou com dois de seus
amigos (discípulos), para prepararem a festa da páscoa num lugar seguro.
Quando tudo estava pronto, Jesus e os outros discípulos chegaram para juntos celebrarem a ceia da páscoa. Esta foi a Última Ceia de Jesus.
A instituição da
Eucaristia foi feita por Jesus na Última Ceia, quando ofereceu o pão e o vinho
aos seus discípulos dizendo: "Tomai e comei, este é o meu corpo... Este
é o meu sangue...". O Senhor "instituiu o sacrifício eucarístico
do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar assim o Sacrifício da Cruz ao longo
dos séculos, até que volte, confiando deste modo à sua amada Esposa, a Igreja,
o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de
unidade, vínculo de caridade, banquete pascal, em que se come Cristo, em que a
alma se cumula de graça e nos é dado um penhor da glória futura".
A páscoa judaica
lembra a passagem dos judeus pelo mar vermelho, em busca da liberdade.
Hoje, comemoramos a páscoa lembrando a jornada de Jesus: vida, morte e
ressurreição.
Colomba Pascal
O bolo em forma de
"pomba da paz" significa a vinda do Espírito Santo. Diz a lenda que a
tradição surgiu na vila de Pavia (norte da Itália), onde um confeiteiro teria
presenteado o rei lombardo Albuíno com a guloseima. O soberano, por sua vez,
teria poupado a cidade de uma cruel invasão graças ao agrado.
Sino
Muitas igrejas possuem sinos que ficam suspensos em torres e tocam para
anunciar as celebrações.
O sino é um símbolo da páscoa. No domingo de páscoa, tocando festivo, os sinos anunciam com alegria a celebração da ressurreição de cristo.
Quaresma
Os 40 dias que precedem a Semana Santa são dedicados à preparação para a
celebração. Na tradição judaica, havia 40 dias de resguardo do corpo em relação
aos excessos, para rememorar os 40 anos passados no deserto.
Óleos Santos
Na antiguidade os
lutadores e guerreiros se untavam com óleos, pois acreditavam que essas
substâncias lhes davam forças. Para nós cristãos, os óleos simbolizam o
Espírito Santo, aquele que nos dá força e energia para vivermos o evangelho de
Jesus Cristo.
Então, a PASCOM deseja a vocês, uma
Feliz Páscoa e que comam muitos chocolates.
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